Prevenção rodoviária infantil

O próximo mês está cheio de datas comemorativas e sabemos que com a pressa de chegar a algum lado para as comemorar pode escapar algum ponto da sua segurança ou das suas crianças. Seja na viagem de Páscoa ou no passeio do Dia do Pai tenha em atenção a todos os detalhes na hora da sua viagem de carro. Seja ela curta ou longa.

Muitas vezes pensamos que “é só ali”, “é num instante”, “não vale apena tanto trabalho para tão pouca distância”. A verdade é que vale, pois sabia que a primeira causa de mortalidade nas crianças com menos de 10 anos são os acidentes rodoviárias? São números assustadores e não podemos continuar a pensar que só acontece aos outros. A segurança dos seus filhos está nas suas mãos, por isso para além do cuidado redobrado a conduzir deve conferir se transporta a criança da maneira mais cómoda, segura e indicada. Tenha uma atenção redobrada sempre que viaja e tem crianças no veículo mesmo que sejam viagens curtas. 

Tenha atenção que, as crianças devem viajar sempre com o cinto de segurança devidamente colocado e com um sistema de segurança e retenção adequado à idade e ao peso da mesma. Cada criança devido a vários fatores como: idade, peso e altura, possuí um sistema de segurança diferente. 

Há ainda o pensamento de que a viagem ao ser curta, a criança pode ir ao colo do adulto. Está errado! O colo de um adulto nunca é recomendado uma vez que é o lugar mais perigoso pois existe um risco maior de projeção e de ferimentos graves ou, em casos mais extremos, mortais.

O QUE TER EM CONTA AO TRANSPORTAR CRIANÇAS:

Procurar saber qual o sistema de retenção mais adequado para a criança é o primeiro passo. A Segurança Máxima dá algumas dicas a ter em conta:

• Até aos 12 anos (se tiverem menos de 1,5m de altura), as crianças tem que ter sempre o sistema de retenção e devem ser transportadas sempre no banco detrás
• Crianças com menos de 3 anos poderão ser transportados no banco do pendura quando usado um sistema de retenção voltado para a retaguarda e com o airbag sempre desligado. O airbag ligado em caso de acidente pode proporcionar frituras graves na criança, pois é mais frágil e a força do mesmo na altura do impacto está programa para um corpo adulto.

Até aos 12 anos ou até atingirem os 135cm de altura as crianças têm de viajar com cadeira. As crianças estão divididas em diversas categorias no que toca aos diferentes tipos de cadeira auto. As cadeiras infantis estão organizadas e divididas de acordo com o peso da criança em grupos 0, 0+, 1, 2 e 3. A criança à medida do seu crescimento terá de passar pelo menos por 2 modelos: um modelo 0 ou 0+, aclamados como o típico “ovo” e outra do grupo 1-2-3.

Quando a criança passa do “ovo” para uma cadeira auto de posição sentada é possível adotar a posição voltada para trás desde que a sua instalação o permita e o veículo o possibilite. Ter em conta que a criança tem de estar confortável e com as pernas esticadas. No caso de acidentes frontais, por norma esta posição é considerada mais segura. À medida do crescimento da criança, opte pelas cadeira com encosto e um assento elevatório devido à posição do cinto de segurança quando comparado à altura da criança.

De seguida, deixamo-lhe a indicação dos diferentes tipos e de como devem ser usadas para uma prevenção rodoviária infantil:

• Grupo 0 (até aos 10 kg) – as cadeiras devem ser colocadas no banco traseiro;
• Grupo 0+ (até aos 13 kg) – as cadeiras devem ser usadas no banco dianteiro voltadas para a traseira e sempre com o airbag desligado;
• Grupo I (dos 10 aos 18 kg) – devem ser colocadas no banco traseiro;
• Grupo 0+/I – usadas no banco dianteiro voltadas para a traseira mas só até aos 3 anos;
• Grupo II (dos 15 aos 25 kg) – devem ser colocadas no banco traseiro usando os cintos de segurança de três pontos;
• Grupo III (dos 22 aos 36 kg) – para crianças a partir dos 7 anos e com menos de 1,5 m é recomendado a utilização de um banco elevatório para permitir uma correta utilização do cinto de segurança que deverá estar bem assente sobre o ombro.

Se excederem os 36 kg de peso, deverá utilizar o banco elevatório e o cinto de segurança de forma a garantir a segurança adequada à criança.